Princípio Regulador do Culto

Modelo Neotestamentário

Cremos que a forma de culto altamente simbólica, pictorial e cerimonial da antiga dispensação passou, e não pode servir de modelo para a nova dispensação. Nossa forma de culto procura, portanto, conformar-se ao máximo ao modelo simples encontrado no Novo Testamento e restaurado pela Reforma do século XVI (Jo 4:24)

Princípio Regulador do Culto. Os reformadores tinham uma regra básica que serviu de norma para a reforma litúrgica que empreenderam. Esta norma ficou conhecida como princípio regulador puritano. Em contraposição ao princípio católico romano e anglicano, segundo o qual tudo o que não fosse proibido nas Escrituras era permitido no culto, o princípio regulador puritano afirma que só é permitido no culto o que for diretamente prescrito nas Escrituras ou legitimamente inferido do seu ensino (Dt 12:32; Cl 2:8,16-23). Isto significa, nas palavras da Confissão de Fé de Westminster, que ''o modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por Ele mesmo, e é tão limitado pela sua própria vontade revelada, que ele não pode ser adorado segundo as imaginações e invenções humanas" (Cap. 21, § 1).

Elementos e Circunstâncias de Culto. A Igreja Presbiteriana faz diferença entre elementos e circunstâncias de culto. Elementos de culto são os atos que têm significado religioso, prescritos na Palavra de Deus como formas aceitáveis de culto. Na nova dispensação, apenas a leitura bíblica, a pregação, a oração, a ministração dos sacramentos do batismo e da ceia do Senhor, e o cântico de louvores a Deus são elementos regulares de culto (juramentos religiosos, votos, jejuns solenes e ações de graças em ocasiões especiais são, por sua própria natureza, elementos ocasionais de culto). Circunstâncias de culto são todas as demais coisas, de caráter não religioso, mas necessárias à realização do culto. Estas coisas não são fixas, não fazem parte do culto em si, não sendo, portanto, especificamente prescritas nas Escrituras. Mas devem ser ordenadas à luz da revelação geral, do bom senso cristão, de conformidade com os princípios gerais das Escrituras. Como exemplo de circunstâncias de culto na dispensação do Evangelho, estão: o local de culto, horário, duração e ordem do culto, móveis, iluminação, aquecimento ou ventilação, som, etc. Nenhuma dessas coisas deve adquirir conotação religiosa.

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