Maria, Outra Redentora?

Por James R. White
Mãe de Deus!


Este é simplesmente o termo teológico mais mal usado. Maria é a “mãe de Deus”. A lógica parece inescapável: Jesus é Deus, veio em carne humana. Maria é a mãe de Jesus. Portanto, Maria é a mãe de Deus. O que poderia ser mais simples?




Se todos usassem o termo para comunicar apenas que Jesus Cristo era verdadeira e completamente Deus, não haveria razão para incluir um breve capítulo sobre o tópico da “mãe de Deus”. Todavia, obviamente, isto seria um pouco simplista. A maioria das vezes em que a frase é usada, as pessoas que a estão usando não estão de alguma forma comentando sobre o fato de que Jesus Cristo era Deus e Homem na terra. Eles não estão falando sobre Cristo de forma alguma, mas sobre Maria, e eles estão usando o título para lhe dar uma posição de honra e poder.

Deveríamos chamar Maria de “Mãe de Deus”? O que o termo significou na igreja primitiva? Como ele está sendo mal usado hoje?

A Origem do Termo

Qualquer pessoa que ler os escritos da igreja primitiva saberá que a palavra traduzida por “Mãe de Deus” é o termo grego theotokos. Literalmente, a palavra significa “portadora de Deus”. Este se tornou um título para Maria, de forma que você freqüentemente a encontrará sendo chamada de Theotokos em escritos devocionais e teológicos. Mas, de onde o termo veio?

Por volta do começo do século IV, Alexandre Bispo de Alexandria, usou pela primeira vez o termo quando falando de Maria.

Não é coincidência que foi o ensino de Alexandre que estimulou o “herege” mais famoso de todos os tempos – Arius, o grande negador da deidade de Cristo – a começar a propagação de sua heresia. Evidentemente, naquele tempo, e até mesmo em seus usos mais primitivos, o termo queria dizer algo sobre Jesus, e não sobre Maria. Isto é, o termo era Cristológico em força. Ele era focado em Cristo, e tinha a intenção de salvaguardar a verdade sobre Sua absoluta deidade.
O termo entrou realmente no vocabulário “ortodoxo” através de seu uso nos Concílios de Eféso (431 d.C.) e, com maior importância, no de Calcedônia (451 d.C.). Podemos aprender mais sobre como este termo foi originalmente entendido tomando um tempo para entender o porquê ele aparece no credo produzido em Calcedônia.

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