Líderes religiosos de várias vertentes se reuniram em encontro no Vaticano
Os líderes da maioria dos principais grupos religiosos do mundo se reuniram no Vaticano em novembro passado para uma conferência sobre casamento, e saíram otimistas de que podem ganhar a luta contra as forças da revolução sexual, segundo o professor e teólogo americano Dr. Russell Moore.
Bíblia é o texto religioso de valor sagrado para o Cristianismo.
"Uma das coisas mais importantes que saiu do encontro é um senso de otimismo das pessoas de lá," explicou Moore, presidente da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Convenção Batista do Sul, em uma entrevista no seu escritório em Washington, D.C. (EUA). "Entrar em diálogo com pessoas de todo o mundo, de quase todas as tradições [religiosas], pessoas que não tem quase nada em comum, acho que todos nós fomos embora com uma sensação que a preocupação com o casamento é muito maior e mais ampla do que o que nós teríamos imaginado anteriormente".
O objetivo da conferência Humanum, também chamada de “A Complementaridade entre homem e mulher: um seminário internacional”, entre os dias 17 e 19 de novembro, era trazer representantes dos principais grupos religiosos do mundo para discutir como a adequada compreensão da complementaridade da relação macho/fêmea pode revigorar os esforços para promover os bens sociais providos pelo casamento.
Além de vários grupos cristãos, havia também representantes dos judeus, mórmons, e de tradições muçulmanas, Hindus, Sikhs e budistas. Moore e o Pastor Rick Warren, da Igreja de Saddleback, na Califórnia (EUA), representaram os evangélicos americanos.
Em seu discurso na conferência, Moore falou sobre a verdade universalmente reconhecida de que todos os seres humanos têm uma mãe e um pai, e que "a movimentação em direção à unidade conjugal é poderosa, tão poderosa que pode se sentir tão selvagem como fogo".
A Revolução Sexual, acrescentou Moore, não é simplesmente antitética ao ensino cristão, mas também à ecologia humana. E, tem sido particularmente prejudicial para as mulheres.
"A Revolução Sexual não é libertação, mas simplesmente a imposição de um tipo diferente de patriarcado. A revolução sexual capacita os homens a perseguir a fantasia Darwiniana e predatória do macho-alfa, enraizada em valores de poder, prestígio e prazer pessoal”, destacou.
Moore falou ao CP que ele apreciou a oportunidade de ser explicitamente evangélico em seu discurso. Não houve nenhum esforço para suprimir a expressão religiosa no evento. Em seu depoimento, Moore pregou o Evangelho de Jesus Cristo.
A "união de uma só carne" entre marido e mulher, Moore disse, "aponta para além de si mesma, para a União de Cristo e sua igreja".
E, mais tarde ele acrescentou, "o Evangelho nos diz que, por nós mesmos, todos estaríamos separados da vida com Deus, que todos carecemos da glória de Deus. O Evangelho nos diz que nossa única esperança é para ser associado a outro, para ser guardado na justiça de Jesus Cristo, crucificado pelos pecadores e gerado pelo poder de Deus, recebido através da fé".
O impacto duradouro da conferência, Moore acredita, será as relações que foram construídas durante o evento.
"Muitas das coisas mais importantes aconteceram não na sala, nas sessões públicas", ele disse, mas nas pessoas “em conhecer umas as outras e falar sobre os obstáculos que enfrentam".
Os líderes religiosos de países não ocidentais enxergam os problemas que suas nações estão experimentando com a revolução sexual, como sendo originários do Ocidente, particularmente dos EUA, descobriu Moore.
Ele também disse que queria ir ao Vaticano para ter uma melhor noção de quaisquer alterações que pudessem estar ocorrendo dentro da Igreja Católica Romana após alguns “sinais trocados“ sobre o casamento, que ocorreram em um Sínodo em Outubro. Ele descobriu, porém, que "o Papa foi claro de que o casamento é a união de um homem e uma mulher, e essa complementaridade é essencial para o casamento".
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