Pastor afirma ter estuprado criança ‘em nome da glória de Deus’

O delegado apontou que o acusado possui passagens pelo mesmo crime (Foto: Marcos Ermínio)

Acusado de estuprar um menino de 10 anos em troca de um par de chinelos e de um videogame, um pastor (52 anos) que é tio-avô da vítima, confessou à polícia ter cometido o abuso sexual “em nome da glória de Deus”, nesta terça-feira (18). O crime ocorreu em Campo Grande/MS, na segunda (17).

Ao chegar na delegacia, os agentes levaram a criança para o exame de corpo de delito, onde foi detectado fissuras anais com sinais de sangramento. O menino havia sido deixado pelos pais na casa da avó, já que eles não poderiam ficar com a criança durante o dia por terem de trabalhar. Um primo, que flagrou o irmão da avó no momento em que ele praticava o abuso sexual, fez a denúncia à polícia. Os agentes foram até a casa da família e autuaram o pastor em flagrante. De acordo com o delegado Reginaldo Salomão, o pedófilo não se mostrou arrependido pelo crime.

O pastor, cujo nome eu não tive acesso (assim que tiver farei questão de divulgar) , estava em liberdade condicional desde agosto do ano passado, quando foi solto após cumprir pena pelo estupro de outro menor de idade.

O delegado conta que a avó do menino foi autorizada a acompanhar as investigações e o depoimento de seu irmão, mas, mesmo o pastor admitido o crime, ela não acreditou em suas palavras.

“Ele [o pastor] chegou a ajoelhar na frente dela, disse para a família orar por ele. Na verdade, é um dissimulado. Ele sabia bem o que estava fazendo. Planejou tudo”, afirmou o delegado. “Quando está apenas com os policiais, ele conversa normalmente. Mas, na frente da família, utiliza esse subterfúgio de dissimulação e afirma que está sendo incompreendido.”