Decisão gerou diversas críticas e o premiê italiano chegou a pedir a demissão do diretor do instituto
Escola cancela Natal em "respeito" a religiões
Uma escola de Milão, na Itália, resolveu não fazer as tradicionais festas natalinas para respeitar as famílias não-cristãs.
A decisão partiu do diretor da instituição, Marco Parma, 63 anos, que é o responsável pelo Instituto Garofani de Rozzano.Segundo o site Público, de Portugal, a escola é formada por 80% de alunos cristãos, mas em respeito aos 20% as festas natalinas foram canceladas.
As crianças do primeiro ciclo realizam anualmente um concerto de Natal, mas este ano o evento foi cancelado e passará a ser exibido em janeiro como concerto de Inverno. A ideia é que as canções falem sobre qualquer tema, desde que não seja religioso.
Duas mães chegaram a se oferecer para ensinar canções natalinas para as crianças durante o intervalo das aulas, mas o diretor rejeitou a proposta.
“No ano passado tivemos o concerto de Natal e alguns pais insistiram que houvesse canções de Natal. As crianças muçulmanas não cantaram, ficaram apenas paradas, absolutamente rígidas. Não é simpático ver uma criança sem cantar e a ser chamada pelos pais para sair do palco”, explicou o diretor.
Parma acredita que atividades ligadas a religiões provocam problemas em ambientes multiétnicos como é a escola que ele dirige. Ele afirmou que preza pelo “respeito pelas sensibilidades daqueles que pensam de forma diferente, têm culturas e religiões diferentes, é um passo em frente para a integração”.
Mas a posição do diretor do Instituto gerou uma série de reações contrárias, pais de alunos, representantes da sociedade civil e até mesmo o primeiro-ministro de Itália, Matteo Renzi, foram contra a decisão de Marco Parma.
“Se ele pensa que está promovendo a integração e a coexistência desta forma, me parece que ele cometeu um erro enorme”, disse o premiê italiano. “Os italianos, tanto laicos como cristão, nunca irão desistir do Natal”, completou.
Renzi, que é líder da Liga do Norte e do partido nacionalista da Lombardia, também afirmou que “cancelar as tradições é um favor ao terrorismo” e que o diretor tem que ser demitido da escola.
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