Na Síria, a cidade de Alepo ficou completamente destruída. O motivo foi os bombardeios aéreos realizados pelo governo do país e também pelos russos. A operação procura combater o Estado Islâmico e outros jihadistas em guerra contra o regime, para Moscou. Apesar disso, os países ocidentais acusam os russos de atacarem também a oposição que é considerada democrática.
Várias famílias cristãs foram machucadas, inclusive crianças e muitas casas foram atingidas. "Não podemos mais suportar tantos bombardeios, chegam a ser quatro por dia. Até os nossos animais de estimação estão apavorados, imaginem as pessoas. Tem sido insuportável", relatou uma das vítimas.
"A situação é muito ruim. Todos estão fugindo, a cidade está em ruínas, estamos sitiados pelos russos, os curdos a oeste. O Estado Islâmico a leste e o regime sírio", contou um combatente ferido, que conseguiu cruzar a fronteira turca. Antes da guerra civil, Alepo era o polo econômico da Síria, uma cidade ativa e rica em monumentos. Havia igrejas e cultos, mesmo com a proibição do cristianismo no país, e as pessoas caminhavam em paz pelas ruas.
Mudança de cenário
Nos duas atuais, segundo os dados das Nações Unidas, 486 mil pessoas vivem em regiões cercadas pelo exército ou pelos rebeldes. Dezenas estão morrendo por desnutrição ou falta de assistência médica. A ONU pediu à Turquia para abrir suas fronteiras para dezenas de milhares de sírios em fuga, mas a Turquia teme ajuda-los, pois já tem 2 milhões de sírios no país. Dessa forma, o continente europeu vive a maior crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial.
De acordo com os relatos locais, cristãos sofrem duplamente, pois já estavam lidando com os traumas da perseguição religiosa, agora vivem em situação de extrema pobreza e sem ter para onde ir. A grande maioria está fugindo por que as condições humanas estão ficando cada dia pior. Mas há cristãos que preferem ficar, mesmo estando cansados, pois sabem que há um trabalho espiritual a ser realizado.
Mais de nove mil famílias na Síria estão sendo ajudadas pelo Ministério Portas Abertas com auxílios mensais, por meio de igrejas locais e organizações parceiras. Em Alepo, mais de duas mil famílias recebem assistência, apoio médico, aluguel de moradias, distribuição de literatura cristã para crianças e adultos e diversos treinamentos. A Síria ocupa a 5ª posição na Classificação da Perseguição Religiosa 2016. A publicação no site do Ministério convida os leitores a orar pela nação.
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