1º Confissão de Fé Batista de 1689

Ao fim do capitulo 1 da Confissão de Fé Batista de 1689 fica claro que a crença batista reformada quanto às Escrituras pode ser sintetizada nos seguintes pontos:

• A Sagrada Escritura é a única regra suficiente, certa e infalível de conhecimento para a salvação, de fé e de obediência.
• À parte da revelação não se pode obter conhecimento de Deus e da Sua vontade suficiente para compreender a Sua vontade e o caminho da salvação.
• Em outros tempos, Deus fez uso de profetas, anjos e até mesmo de teofanias para revelar-se aos homens, mas no devido tempo decidiu revelar-se por somente por meio da Palavra Escrita. Os antigos métodos cessaram.
• 66 livros (39 no Velho Testamento e 27 no Novo Testamento) são a Palavra de Deus escrita. Esse conjunto de livros chamado Bíblia é a única regra de fé e prática.
• Todos os escritos apócrifos são livros humanos comuns, não possuindo autoridade alguma para os cristãos.
• A autoridade da Bíblia é intrínseca. Não provém de nenhuma declaração de homem ou instituição humana.
• Muitas características da Palavra indicam que Ela é a Palavra de Deus, mas a convicção que temos disso vem da operação interna do Espírito Santo que com a Palavra e pela Palavra confirma a autoridade dela em nossos corações.
• A Bíblia está completa. Nada pode ser acrescentado a Ela. O que Deus quis dizer Ele já disse.
• A compreensão correta da Palavra exige a iluminação do Espírito Santo.
• Alguns assuntos devem ser adaptados a questões de local e época, mas sempre à luz dos princípios gerais das Escrituras.
• Não há necessidade de ser um intelectual para entender a Palavra de Deus. Alguns assuntos são mais difíceis que outros, mas as questões ligadas à salvação e ao conhecimento de Deus estão claras e patentes nas Escrituras.
• O VT hebraico e o NT grego originiais foram diretamente inspirados por Deus, sendo a referência para elucidação de qualquer controvérsia.
• Como o cristão deve ler e examinar as Escrituras, estas precisam ser traduzidas para a língua de cada nação.
• A regra infalível de interpretação da Escritura é a própria Escritura. O sentido único de um texto deve ser descoberto recebendo luz de outros textos da Palavra.
• Em qualquer análise de um ensino, livro, palavra sempre se recorrerá à Escritura para avaliação e decisão final.

Essas são, resumidamente, as convicções dos primeiros batistas. Deveriam ser as nossas. Penso que se nossa fé não tiver essa solidez, cairemos em um relativismo que fará com que cada um tenha seu próprio cristianismo, sua própria salvação e seu próprio Deus. Homens dizendo como Deus é são, para mim, fazedores de ídolos. Não vamos cair nessa.

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