10/01 - 23:34 - EFE
Kuala Lumpur, 10 jan (EFE).- As igrejas cristãs da Malásia que foram atacadas com bombas incendiárias e pichações nos três últimos dias em ações vinculadas à decisão judicial que permite utilizar o termo "Alá" também aos não muçulmanos, são oito, informaram fontes oficiais.
Segundo o ministro do Interior, Hishammuddin Hussein, o último ataque aconteceu ontem no estado Sarawak, na parte malásia da ilha de Bornéu, onde artefatos incendiários foram lançados contra o muro de uma igreja.Trata-se do primeiro ataque ocorrido no leste da Malásia, uma região onde os cristãos costumam rezar no idioma malaio e utilizam o termo "Alá" para se referir a Deus.
Também neste domingo duas igrejas foram atacadas com bombas incendiárias no estado de Perak, que causaram danos leves, enquanto em Malaca um prédio cristão amanheceu com manchas de pintura preta em sua parede principal.
O ministro do Interior assegurou que "tudo está sob controle" e acusou a "os meios de imprensa estrangeiros" de exagerar a notícia.
No sábado, outra igreja luterana foi atacada em Kuala Lumpur enquanto na sexta-feira uma igreja protestante foi incendiada e outras duas danificadas, também pela explosão de garrafas com combustível, que não causaram feridos.
Os fiéis das igrejas afetadas puderam ontem assistir à missa sem contratempos, exceto os paroquianos da Metro Tabernacle, cujo primeiro andar ficou completamente destroçado pela ação das chamas após ser atacada na sexta-feira.
O primeiro-ministro da Malásia, Najhib Razak, assegurou depois dos primeiros ataques que tinha ordenado às forças de segurança que colocassem um fim a eles, já que, segundo disse, colocavam em risco a "harmonia racial". EFE mal/ma
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