É incrível como as pessoas têm a tendência de criar heróis e vilões dentro da historiografia. Fazem isso, sem ao menos analisar o contexto histórico, os valores sócio-culturais-econômicos de uma determinada época, e pior, transportam seus valores atuais, para um passado onde estes, nunca existiram, criando seus “bandidos e mocinhos”. Muitos destes, ou são desinformados sobre os acontecimentos e personagens históricos, ou em muitos casos, podemos dizer que são desonestos mesmo, pois usam determinados recortes históricos para passar uma visão totalmente falseada dos fatos de acordo com seus interesses.
Podemos citar como exemplo as acusações contra a Inquisição Católica pelos protestantes, eles acusam quando eles também tiveram a sua Inquisição. Um outro exemplo do qual gosto muito é o dos marxistas-comunistas que usam Lênin como bandeira, um homem que pretendia a igualdade de todas as classes, este dizia que iria destruir a mentalidade pequeno-burguesa, mas na prática a incentivou, causando mais desigualdades sociais, dando privilégios e benefícios a algumas lideranças étnicas locais enquanto outras ficaram à margem da sociedade soviética, em um país composto de mais de cem nacionalidades apenas 15 foram reconhecidas. Estão aí dois exemplos de fatos que não são ensinados nas escolas, temos imagem de uma história totalmente falseada, estes são alguns exemplos de vilões e heróis criados pela historiografia tendenciosa. O mesmo pode-se dizer que acontece com os Cruzados, eleitos os vilões da História, enquanto os muçulmanos são as vítimas Saladino foi eleito o herói!!!
Mas o quanto existe de real em tudo isso?
A primeira pergunta que devemos fazer quanto ao episódio das Cruzadas e a tomada de Jerusalém é a seguinte: O que cristãos e muçulmanos estavam fazendo neste local, em meados de 1097, época da Primeira Cruzada?
Como é sabido de todos o cristianismo nasceu em Jerusalém com seu fundador Jesus, e após sua morte foi expandido por seus discípulos e principalmente por Paulo para regiões adjacentes e Europa É então natural que os primeiros cristãos tenham se fixado em Jerusalém com sua crença, tendo neste solo seus locais sagrados e de peregrinação afinal este é seu berço. E os muçulmanos, de onde vieram, onde nasceu o Islã?
O Islamismo nasceu em Meca com seu fundador Maomé, na Península Árabe, por volta do ano 610, após a morte do profeta em 632, sucessores começaram a política de dominação e expansão islâmica. Aliás, Islã, em árabe significa submissão, e em menos de um século chegaram à Europa. Em 637 chegaram a Jerusalém, que na época fazia parte do Império Bizantino. Durante toda expansão islâmica é sabido que onde encontraram resistência converteram povos à força da espada, com os locais cristianizados não seria diferente!
O Islã ao dominar Jerusalém impôs a princípio a destruição de igrejas e sinagogas, um bom exemplo é que construiu sua Mesquita, Al-aksa, terceiro local mais sagrado para o Islã em cima de um local sagrado para os judeus e cristãos, as ruínas do Templo, e obrigaram judeus e cristãos a pagarem pesados impostos e os escravizavam segundo suas necessidades. Enquanto dominavam a terra que pertencia ao povo judeu, continuava sua expansão rumo a Europa.
Segundo documentação histórica, o Papa Urbano II em 1097 ao convocar soldados para a defesa dos lugares santos e de Bizâncio lembrou a população todos os atentados sofridos e males causados aos cristãos na Terra Santa e na Europa, como documentou Foucher de Chartres. Segue parte do discurso usado por Urbano II:
De fato, como a maioria dentre vós já tem conhecimento, um povo vindo Pérsia – os turcos – invadiu o país deles. Avançou até o Mediterrâneo e, mais precisamente, ao que chamamos de Braço de São Jorge. Nas terras da România, eles aumentaram seus territórios continuamente, em detrimento das terras de cristãos, depois terem-nos vencido em sete ocasiões fazendo guerra.
Segundo documentação histórica, o Papa Urbano II em 1097 ao convocar soldados para a defesa dos lugares santos e de Bizâncio lembrou a população todos os atentados sofridos e males causados aos cristãos na Terra Santa e na Europa, como documentou Foucher de Chartres. Segue parte do discurso usado por Urbano II:
De fato, como a maioria dentre vós já tem conhecimento, um povo vindo Pérsia – os turcos – invadiu o país deles. Avançou até o Mediterrâneo e, mais precisamente, ao que chamamos de Braço de São Jorge. Nas terras da România, eles aumentaram seus territórios continuamente, em detrimento das terras de cristãos, depois terem-nos vencido em sete ocasiões fazendo guerra.
Muitos tombaram sob seus golpes, muitos foram reduzidos á escravidão. Estes turcos destroem igrejas, saqueiam o reino de Deus.
Como é possível observar no discurso acima, o Sumo Pontífice falava a um povo conhecedor de todas as misérias causadas pelos muçulmanos é natural que a população tivesse muita mágoa deste povo, afinal tomaram suas terras, escravizavam os seus, destruíram suas igrejas, é natural que os homens as mulheres os jovens os velhos quisessem ir às cruzadas. Sequer podemos julgar a Cruzada das Crianças em vista deste cenário
Fone: http://logosapologetica.com
Como é possível observar no discurso acima, o Sumo Pontífice falava a um povo conhecedor de todas as misérias causadas pelos muçulmanos é natural que a população tivesse muita mágoa deste povo, afinal tomaram suas terras, escravizavam os seus, destruíram suas igrejas, é natural que os homens as mulheres os jovens os velhos quisessem ir às cruzadas. Sequer podemos julgar a Cruzada das Crianças em vista deste cenário
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