As críticas de uma peça teatral que retrata um Jesus transgênero, vivendo nos dias de hoje, tem arrancado aplausos no Reino Unido. O roteiro de Jo Clifford recria histórias bíblicas com uma “visão diferente”, como afirma o material distribuído à imprensa. Nascido homem, passou por operações de mudança de sexo e agora a ‘atriz’ interpreta Jesus.
O nome do espetáculo é “O Evangelho Segundo Jesus, a Rainha do Céu” e já foi apresentado no passado, sempre gerando controvérsia. Volta a cartaz agora, como parte de um festival de artes gay. Vários jornais do país rasgaram elogios à performance de Clifford, 65 anos.
No palco, o Jesus reimaginado mescla trechos de seus sermões famosos e reconta histórias bastante conhecidas dos evangelhos. O final inclui uma espécie de ceia, quando se oferece ao público pão e vinho, enquanto se fala sobre solidariedade com os demais.
Curiosamente, Clifford diz ser uma ‘cristã praticante’. Ela se justifica: “Obviamente, sendo uma mulher transexual me preocupo muitíssimo que os religiosos muitas vezes usem o cristianismo como uma arma para nos atacar e justificar os preconceitos contra nós”.
Na primeira vez que foi apresentada, em 2009, a peça foi boicotada por grupos cristãos, com cerca de 300 manifestantes realizando um protesto diante do teatro onde seria apresentado em Glasgow, Escócia. Os manifestantes bradavam que a peça era uma blasfêmia.
Jo Clifford nega que isso seja verdade. “Sendo cristã, não tenho nenhum interesse em atacar a igreja ou zombar da igreja ou ainda ser blasfemo ou ofensivo de forma nenhuma… Simplesmente quero afirmar que Jesus dos evangelhos jamais iria atacar ou ofender as pessoas como eu.”
Questionada sobre a aceitação da peça agora, a atriz e roteirista afirma que hoje as pessoas estão “mais abertas”. Ela comemora o fato de poder apresentar a peça em algumas igrejas do Reino Unido e afirma estar recebendo convites para levar o espetáculo a outros países.
Jennifer Leclaire, colunista da Charisma, maior revista pentecostal dos EUA, comentou esta semana o assunto. Disse que os cristãos devem estar preparados para ver cada vez mais esse tipo de coisa.
Afirma ainda que esse tipo de abominação é apenas um sinal dos tempos e do espaço cada vez maior que a população LGBT tem na sociedade.
“Há uma diferença, entre praticar o cristianismo em nome de Jesus e praticar o pecado em nome de Jesus. Há uma diferença entre usar o evangelho como arma para destruir pessoas e usá-lo como uma espada para libertar as pessoas”, escreveu ela, ressaltando que é chocante que a atriz se diga cristã.
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