É lamentável verificar que, passados mais de 2.000 anos após a reação de Jesus ao negócio que se fazia no templo, as igrejas continuem hoje a cometer os mesmos erros, travestidas agora com a roupagem nova destes novos pós-modernismos.
Pregadores que cobram para pregar, venda de todo o tipo de artigos nas livrarias construídas para o efeito, comes e bebes nas cantinas, para não falar nas festas e shows de jovens, chá de mulheres, homens de negócios, etc. tudo tem um preço.
O absurdo é tao grande que já vi chegarem ao ponto de se criar o “dia da beleza” onde é possível fazer do templo um salão de estética, ou mesmo a alugar o salão para festas de anos com a justificativa de que se trata de um modo de rentabilizar o espaço fora dos dias de culto.
Já não basta terem deturpado completamente o sentido do dízimo descrito no Antigo Testamento ao exigirem algo que somente pertencia à Velha Aliança, já vi até pastores, de uma forma cobarde e vergonhosa, solicitarem aos seus membros bens materiais em troca de “dízimos atrasados”, para dessa forma impedirem a sua perda de salvação.
Mas a verdade é que se as ofertas voluntárias dos membros não chegam para cobrir as despesas internas da igreja, então significa que algo está errado, pois segundo a Palavra, é Deus quem suprirá as necessidades através da ação do Espirito Santo sobre a vida das pessoas que por terem sido abençoadas se sentirão motivadas em ofertar alegre e generosamente.
E pelo facto disso não acontecer são então delineados métodos humanos artificiais para fazer face a essas despesas, mas terá isso a aprovação de Deus?
Certa vez numa igreja evangélica ouvi o pastor queixar-se pelo facto de muitas pessoas ficarem na cantina/café da igreja na hora do culto ou saírem a meio para tomarem qualquer coisa.
Bom, isso é simples de resolver: fechem a cantina/café. Por que não o fazem então? Porque para isso teriam que obviamente abdicar do dinheiro que entra por essa via. Sendo que, nesse caso então nem deveriam sequer reclamar quando eles próprios criaram a fonte do problema.
Isso faz-me lembrar a hipocrisia do Governo que manda escrever no pacote de um maço de cigarros que “fumar mata” sabendo de antemão que as pessoas que o consomem aumentam em muito o risco de vir a sofrer de doenças graves sem cura, e no entanto não se abstêm de permitir a sua comercialização em qualquer esquina da cidade, porque naturalmente isso gera grandes receitas.
A igreja não precisa de púlpitos com embutidos em ouro nem cortinas de seda, e o povo não precisa de lenços, canetas e garrafinhas de água ungidas, mas infelizmente o foco tem sido deturpado e as pessoas parecem apegar-se muito mais facilmente a estes engôdos do que à Palavra em si.
E tal como em qualquer comércio “ilegal”, não se pode responsabilizar apenas quem vende mas também aquele que compra uma vez que estará a ser cúmplice desse mesmo ato.
Autor:Este artigo está em diversos sites e pages do face mas não consta o autor.
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