O governo do Irã autorizou a prisão de nove cristãos no dia de Natal simplesmente por celebrarem sua fé em casa, na cidade de Shiraz.
(PHOTO: REUTERS/YANNIS BEHRAKIS)
“Tem ocorrido uma piora constante nas violações dos direitos humanos no Irã durante o mandato de Hassan Rohani como presidente. Isso inclui execuções e repressão das minorias religiosas e étnicas”, explica Shahin Gobadi, do Comitê das Relações Exteriores do Conselho Nacional de Resistência do Irã.
“Este é apenas mais um caso. Na verdade, o regime clerical muçulmano é um dos principais violadores dos direitos das minorias religiosas, especialmente dos cristãos. O regime institucionalizou a repressão do povo iraniano como a principal ferramenta de sua sobrevivência”, assevera.
Embora não tenha sido divulgado pela mídia do país, líderes cristãos que vivem no Irã contam que agentes do Ministério de Segurança e Inteligência iraniano invadiram uma casa na sexta-feira, dia de Natal, e confiscaram itens pessoais, incluindo antenas parabólicas, os nove cristãos presentes no local foram presos.
Além disso, os agentes prenderam Meysam Hojjati, outro cristão iraniano, na cidade de Isfahan. Ele apanhou e foi algemando, enquanto confiscava seus itens pessoais, incluindo a sua árvore de Natal.
No Irã é comum prenderem os cristãos, sempre os acusando de serem uma “ameaça à segurança nacional”.
As prisões ocorreram poucos dias após a libertação do pastor Farshid Fathi Malayeri, da Assembleia de Deus, que cumpriu pena por cinco anos. Ele fora preso em uma operação de 2010, acusado de “agir contra a segurança nacional, cooperar com organizações estrangeiras e praticar evangelismo”. Na prática não existe liberdade religiosa no Irã e a evangelização é oficialmente proibida.
Andy Dipper, da ONG Christian Solidarity Worldwide observou que, o tratamento dos cristãos no Irã continua a ser preocupante. “Especialmente durante a época do Natal eles sofrem assédio, maus-tratos e prisão simplesmente por exercerem o seu direito à liberdade de religião, reunindo-se pacificamente para adorar”, enfatiza.
Existem vários cristãos detidos em prisões iranianas. Geralmente não recebem um julgamento justo e aberto. Muitos sofrem torturas e ameaças de morte por terem saído do islamismo. O caso mais famoso é o pastor Saeed Abedini, que está há mais de três anos atrás das grades. Com informações de Christian Post
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