Líder cristão é assassinado por muçulmanos ligados ao Estado Islâmico

"Agora que o EI assumiu a autoria do assassinato do líder cristão, tememos por mais ataques, por que eles estão e constante vigia"

O líder cristão Khoza Samiruddin, de 75 anos, foi assassinado por muçulmanos no dia 6 de janeiro, em plena luz do dia, dentro de uma clínica homeopática, onde estava realizando um tratamento de saúde. Khoza aceitou a Cristo em 2001 e em 2014 passou a liderar uma igreja com 250 membros. Antes de sua morte, ele havia relatado sobre várias ameaças que estava recebendo por muçulmanos por causa de seus trabalhos evangelísticos.

O enterro do líder foi acompanhado pela polícia local e pela comunidade que exigia que a cerimônia fosse realizada de acordo com os costumes muçulmanos. Como a família negou a conversão de Khoza ao cristianismo, o ritual fúnebre acabou sendo feito conforme as leis do islã. A pressão sobre a família e a igreja tem sido muito grande, já que o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade do assassinato, além de uma série de outros ocorridos violentos, incluindo assassinatos de estrangeiro e ameaças de morte de mais líderes cristãos.

Segundo a polícia, o grupo militante "Jamaat-ul-Mujahideen" está por trás dos ataques, mas o governo nega a presença do grupo no país. "Agora que o EI assumiu a autoria do assassinato do líder cristão, tememos por mais ataques, porque eles estão em constante vigia", disse Pikul Mahduri, que é Secretário Geral da Associação Cristã Bangladesh Jenaidah. Bangladesh, em 2016, ocupa a 35ª posição na Classificação da Perseguição Religiosa e, apesar de sua constituição prever a liberdade religiosa, ela também declara que o islã é a religião oficial do Estado. Como a minoria cristã está crescendo, ela enfrenta mais e mais restrições e desafios. Essa pressão não é impulsionada pelo governo, e sim por grupos extremistas islâmicos, líderes religiosos locais e famílias tradicionais. 

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