POR QUE DOMINGO E NÃO O SÁBADO?


Volta e meia somos confrontados por adventistas e sabatistas que vêem nos acusar de estarmos santificando um dia espúrio por influência de uma suposta invenção ou alteração feita pela Igreja Romana ou pelo Imperador Constantino no ano 346 A.D. Essas acusações são infundadas e procurarei mostrar que a observância dominical é Bíblica e sempre foi praticada pelos Cristãos.


Por que não guardamos o Sábado?

1. Não Guardamos o Sábado pois ele fazia parte da Lei e está foi toda cumprida em Cristo. (2 Cor.3:7-14, Ef.2:15, Col.2:16,17.)

2. Não Guardamos o Sábado por que não há ordem alguma no Novo Testamento para que a Igreja o guarde. (Rom.14:5, Gal.4:9-11, Col.2:16,17)

3. O Sábado era símbolo da Antiga Aliança, feita com Israel. O Povo foi infiel à antiga aliança. Deus em Cristo fez uma Nova Aliança com toda a humanidade que substituiu a Antiga. (Ex.31:16, Jer.31:31, Mat.26:28, 2 Cor.3:6, Heb.8:8, 9:15, 12:24)


 

Por que celebramos o Domingo?

1. Celebramos o Domingo pois foi neste dia que Nosso Senhor Jesus Cristo ressurgiu dentre os mortos.(Mar.16:9, Jo.20:1)

2. O primeiro dia da semana era o dia que o Senhor aparecia aos discípulos. (Lc: 24:13-15, João 20:19,26)

3. No primeiro dia da semana o Espírito Santo desceu maravilhosamente, sobre os discípulos, que se encontravam no cenáculo.(At.2:1-4)

4. No primeiro dia da Semana os crentes se reuniam para o Culto e celebrar a Ceia do Senhor. (At. 20:7, 1Cor.16:2)

5. O Primeiro dia da Semana é Dia do Senhor.(Ap.1:10)




Documentos e Testemunhos Históricos atestam que a Igreja Cristã sempre Celebrou o Domingo antes de 346.
 

 A Didaché “Mas a cada DIA do SENHOR…ajuntai-vos e partilhai do pão, e fazei vossas ações de graça após ter confessado vossas transgressões, para que o vosso sacrifício possa ser puro. Todavia não deixai ninguém que está em divergência com seu amigo agregar-se a vós, até que eles estejam reconciliados, para que o vosso sacrifício não possa ser profanado” (Didaché 14:1, Padres Ante-Niceianos Vol. 7, pg. 381)

107 AD Inácio: Não vos enganeis com doutrinas estranhas, nem com velhas fábulas, as quais não trazem nenhum proveito. Pois se nós vivêssemos ainda de acordo com a lei Judaica, nós reconheceríamos que não teríamos recebido a graça...Se, portanto, aqueles que foram trazidos da antiga ordem das coisas vieram à possessão de uma nova esperança, não mais observando o Sabbath (Sábado judaico), mas vivendo na observância do Dia do Senhor, na qual também nossa vida brotou novamente por Ele e por intermédio de Sua morte (Que alguns negam), por tal mistério nós recebemos fé, e contanto que soframos a fim de que nós possamos ser achados discípulos de Jesus Cristo, nosso único Mestre, como seríamos capazes de viver apartados dele por quem até mesmo os profetas estão procurando como seu Mestre uma vez que estes são seus discípulos no espírito? ...Que todo amigo de Cristo guarde o Dia do Senhor como um festival, um dia de ressurreição, a coroa e chefe de todos os dias da semana. É um absurdo falar de Jesus Cristo com a língua , e fomentar na mente um Judaísmo que tem agora chegado a um fim, pois onde houver Cristianismo não pode haver Judaísmo...Estas coisas eu envio a vós, meus amados, não que eu saiba que algum de vós esteja em tal estado; mas desejo de antemão vos resguardar, antes que qualquer dentre vós caia nos anzóis de vãs doutrinas, mas para que possais melhor apegai-vos a uma completa certeza em Cristo...(Inácio, Epístola aos Magnesianos, capítulo 9. Padres Ante-Niceianos, Vol. 1, pg.62-63)

110 AD Plínio: eles tinham o hábito de se reunirem num determinado dia fixo antes que clareasse, quando cantavam hinos diversos a Cristo, como para um Deus, se uniam em um solene juramento de não praticar quaisquer atos iníquos, nunca cometerem qualquer tipo de fraude, roubo ou adultério, nunca em prestar um falso testemunho nem em negar uma responsabilidade quando fossem eles chamados para tal; após o que era costume deles se separarem e então se reunirem novamente para participar de uma boa refeição – mas comida de tipo frugal e inocente. 

150 AD Justino:…aqueles que tem perseguido e verdadeiramente perseguem a Cristo, se eles não se arrependerem, não deverão herdar nada no monte santo. Mas os Gentios, os quais têm acreditado Nele, e têm-se arrependido dos pecados que cometeram, receberão a herança junto com os patriarcas, profetas e dos homens justos descendentes de Jacó, mesmo que esses não guardem o Sabbath, nem são circuncidados, nem observem as festas. Com toda certeza eles receberão a santa herança de Deus. (Diálogo com Trifo, o Judeu, 150-165 AD, Padres Ante-Niceianos , vol. 1, pg. 207)

190 AD Clemente de Alexandria: Ele cumpre os mandamentos de acordo com o Evangelho e guarda o “Dia do Senhor”, quase sempre ele lança fora maus pensamentos...glorificando a ressurreição do Senhor nele mesmo. (Ibid. Vii.xii.76.4) 

200 AD BARDESANES: Onde quer que estejamos, somos todos chamados segundo o nome dos Cristãos de Cristo. Em um dia, o primeiro da semana, nós nos reunimos em assembléia.

200 AD Tertuliano: “Nós solenizamos o dia posterior ao Sábado em distinção àqueles que chamam a esse dia seu Sabbath” (Apologia de Tertuliano, Cap. 16)

200 AD Tertuliano: Segue de acordo que, da mesma maneira que as abolições da circuncisão carnais e da antiga lei são demonstradas como tendo sido consumadas aos seus específicos tempos, assim também a observância do Sabbath é demonstrada ter sido temporária. (Uma Resposta aos Judeus 4:1, Padres ante-niceianos Vol. 3, pág. 155).

220 AD Orígines: “No Domingo nenhuma das ações do mundo deveriam ser feitas. Quando então, abstenhai-vos de todas as obras deste mundo e mantende-vos livres para as coisas espirituais, ide à Igreja, escutai as leituras e as divinas homilias (antigos discursos), meditai nas coisas celestiais.(Homilías 23 in Número 4, PG 12:749)”.

220 AD Orígines “Uma vez que não é possível que o dia de descanso após o sabbath deveria vir a existir a partir do sétimo dia de nosso Deus. Pelo contrário, é nosso Salvador quem, após o padrão de seu próprio descanso, nos proporcionou a sermos feitos a similitude de sua morte, e daí também de sua ressurreição” (Comentários em João 2:28).
 

Conclusão
 

Vemos que tanto a Bíblia como a História nos mostram que o Domingo sempre foi o dia que os primitivos cristãos celebravam como o DIA DO SENHOR, e não o Sábado da Lei. Portanto, tendo em mente as razões Bíblicas da importância do Domingo,. celebremo-lo com alegria e ação de Graças, para a honra e glória de nosso Senhor Jesus Cristo.


Francisco Belvedere Neto

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