Milícia de mulheres cristãs promete enviar jihadistas “direto pro inferno”

Após série de ataques suicidas, população quer se defender

As mulheres cristãs de uma aldeia libanesa atingida esta semana por dois ataques suicidas estão pegando em armas, prometendo proteger suas casas e ameaçando enviar os jihadis “direto para o inferno.”

No dia após oito terroristas islâmicos matarem cinco e ferirem dezenas de outros na aldeia cristã de Qaa, as mulheres na cidade foram vistas patrulhando as ruas armadas com fuzis. Ao contrário de outros lugares, onde as pessoas abandonaram suas casas com medo dos ataques de extremistas, os moradores dessa pequena localidade próxima da fronteira com a Síria não se curvam.

Em uma entrevista para a ONG Demand For Action, que luta pelos direitos humanos de cristãos da Assíria, Caldeia e Siríaca, uma moradora, que preferiu não se identificar reconheceu que eles correm perigo de mais ataques. Contudo, mandou uma mensagem para os soldados do Estado islâmico e de outros grupos terroristas: “Não vamos permitir que o Líbano se torne um novo Iraque. Não vamos fugir. Temos armas e estamos prontas para nos proteger”.

A mulher explica que é uma crença comum dos jihadistas islâmicos que, se forem mortos por uma mulher, não irão para o paraíso prometido no Alcorão, mas serão condenados por Alá.

“Nós vamos enviá-los direto para o inferno”, afirma

Habib Afram, presidente da Liga do Líbano e um conhecido defensor dos cristãos no Oriente Médio, afirmou ao The Christian Post que a decisão de pegar em armas não foi apenas das mulheres. Todos os moradores de Qaa manifestaram seu desejo de se defender e, portanto, estavam pegando em armas.

Afram salientou que a maior parte da população do Líbano já possui armas em casa e a formação de milícias cristãs naquela parte do mundo não chega a ser uma novidade.

Para ele essa é uma situação extrema que não deixou muitas opções. “Há um temor grande da minoria cristã por causa do que temos visto acontecer no Oriente Médio. Somos o elo mais fraco nesta parte do mundo onde ocorre uma grande luta contra grupos muçulmanos fortes”, explica.

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